São Paulo

29/1/2008
Sérgio Couto

"Mesmo sem conhecer a cidade da garoa, o poeta dos poetas, o baiano Castro Alves amava a cidade. Sempre foi, para ele, 'o oásis da liberdade e da poesia plantado em plenas campinas do Ipiranga'. Conta Archimimo Ornellas, ao dissertar sobre a vida sentimental do poeta, que ele amava a terra paulistana, como se estivesse na sua própria, e que, com as suas ruas de ladeiras fazia lembrar a capital de sua província. Talvez por isso, ao encerrar seu monumental poema 'Os Escravos' , inspirou-se na serra do Cubatão, ponto escolhido para refúgio dos negros escapos ao cativeiro, os chamados retirantes, conforme Edison Carneiro. O amor despontou, mesmo à custa de sua frágil saúde, tísico congênito que o tornava refratário ao clima frio. Sentiu-se gratificado pelos aplausos redobrados da mocidade e pelos elogios da imprensa Na comemoração de mais um aniversário da Cidade, impõe-se o registro de quem em prosas e em versos exaltou o vigor e a beleza peregrinas dessa grande Metrópole."

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