Migalheiros

20/2/2008
Alexandre de Macedo Marques

"O Estado Brasileiro está em processo de decomposição; mais, de putrefação. O Estado existe hoje para o benefício e gozo das suas nomenklaturas e não para cumprir as finalidades precípuas que lhe são outorgadas pelo pacto social, que está na sua origem e justificativa, e nas Constituições. Veja-se o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, a todos os níveis. Das Câmaras de Vereadores ao Senado; dos Executivos Municipais à Presidência da República, dos vários estamentos Judiciários, a nível estadual e federal. Perpassa pelas estruturas do Estado uma aragem envenada de falta de pudor, de desonestidade, de impunidade, de covardia e cinismo. A falência da lei, a falta de coragem para aplicá-la, a leniência do aparato repressor, o equivocado raciocínio que não existem criminosos mas doentes sociais. Que o indivíduo transgressor não é responsável pelos seus atos ilícitos mas uma pesarosa vítima da 'sociedade'. A culpa é transferida para quem sofre a lesão e conseqüências da conduta criminosa. É aterrador constatar que o Estado é criminosamente omisso diante de bandos, politicamente motivados, invadindo e devastando propriedades privadas e públicas.  É aviltante assistir a congregações de 'honrados mafiosos', reunidos em plenários legislativos, repetidamente considerarem sem culpa  seus pares autores de grossas patifarias. Agentes do Estado cometendo, dia a dia, na imensidão deste território, atrocidades, malvadezas, desonestidades, patifarias e desumanidades que escandalizam a Deus e aos justos. Do Estado e seus agentes que estimulam o crime, o esbulho, o mau trato, a indignidade, ao invés de impedi-los. Dou como exemplo de total cinismo a passividade do Judiciário diante da infernal realidade do sistema carcerário no país enquanto se gastam centenas de milhões em 'Palácios da Justiça'. Do mesmo jaez na decomposição do Estado são os 'estados de insurgência' vividos por corporações da PM em vários locais do país. Núcleos de sub oficiais e soldados formam suas próprias quadrilhas, estabelecem seus próprios objetivos criminais, seus próprios modus operandi marginais.  E se algum oficial superior decide pôr fim à bandalheira, simplesmente é eliminado por esquadrão de executores. E o poder público fica paralizado. Veja os fatos em S. Paulo. Levaram 15 dias para prender alguns dos facínoras que atuavam no 18° Batalhão. Infelizmente vamos herdar 10 anos de estupidez e cupidez petista. Dez anos em que o país esteve à mercê de um partido-quadrilha e seus aliados cujo móbile é cancerígeno pois estabelece e dissemina a anarquia, o saque, a destruição dos já precários fundamentos do Estado  em nome de ideologia e farisáico amor aos 'necessitados'. E demole o carácter nacional que, infelizmente, tem como DNA arquetípico o Macunaíma, o herói sem carácter. Tivemos um exemplo recente. A reação dos barões da carne à mal sucedida operação tipo 'João sem braço', 'se colar, colou' que redundou no bloqueio da exportação da carne para a Europa. Olhando a História vê-se claramente que quando uma sociedade chega ao extremo desregramento social em que estamos e o Estado atinge um nível de tão grave disfuncionalidade, acontece uma revolução. De certa forma estes anos peto-esquerdistas-peemedebistas reproduzem e extremam os anos 1962 e 1963, na anarquia política e social. Com componentes que tornam as coisas mais dificeis e complicadas. Os agentes da anarquia de ontem são os donos do Poder hoje.  E isso significa desrespeito à lei, aos princípios, à ordem, à verdade, ao bom senso. Impera a porra louquice de desvairados manipuladores da História, pseudo intelectuais que confundem as suas 'viagens' psicodélicas com realidades e soluções para problemas inerentes às sociedades humanas, desde o sempre. E, enlouquecidos tratam de inventar 'dívidas', históricas, sociais, raciais, educacionais, de lazer...Uma porca e desonesta instrumentalização política da História para vantagens que redundam no  benefício pessoal, enquistando-se no poder e gozando enquanto o 'Lula é tesoureiro'... Nem o ruir da utopia socialista marxista e seu saldo de dezenas de milhões de assassinatos, estados policiais, medo, fome e miséria, sofrimento e dor conseguem trazê-los à realidade. 2012 será o ano final do Império petista. Exatamente o ano que os místicos vaticinam como a data da catástrofe final."

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