CPMF

25/2/2008
Pedro Luís de Campos Vergueiro

"Finalmente o óbvio despontou para o público, dito por Marcos Cintra, da FGV: o esperado fim da CPMF não causou impacto algum no bolso dos cidadãos em geral. Afirma com a autoridade de seus conhecimentos, que, embora a CPMF não mais constitua uma despesa obrigatória, o preço das mercadorias não caiu e que, ao revés, subiram. E que Subiram por conta da inflação? Isso é um fato constatado pelo técnico e pesquisador. Por outro lado, segundo Paulo Skaf, da FIESP, a diminuição do preço para o consumidor é uma questão de estratégia de cada empresa. A estratégia da FIESP para uma redução mediante o envio de 50.000 cartas com pedido nesse sentido, entretanto, diz, não fez os preços caírem. Esse é, de acordo com Paulo Skaf, o parâmetro limitador das atribuições/funções da FIESP. E sem possibilidade de insistência porque agora a tônica dos interesses da entidade é a reforma tributária. Por seu turno, o sabedor Ministro da Fazenda, Guido Mantega, escorrega a afirmação de que o governo esperava que as empresas não iriam repassar nos preços, rebaixando-os, o custo da CPMF. Não obstante, ele atribui aos consumidores o ônus da cobrança junto aos empresários a esperada redução dos preços. Isso lembra aquele outro pedido feito pelo Luiz Inácio no sentido de que a clientela dos bancos tirasse o trololó das cadeiras e fizesse um circuito pelos bancos a procura de taxa de juros mais atrativa (mais baixa, é claro). Assim sucintamente relatados os fatos, conclui-se: não há também interesse algum do governo em instigar/forçar a redução dos preços. Ao contrário, a governabilidade vigente regozija-se com a não ocorrência do esperado pelos cidadãos, como está patente nas declarações da 'líder' Ideli Salvatti, que, com sua ótica petista, afirma que a não aprovação da CPMF não iria acarretar a redução dos preços, mas, sim, apenas retirar recursos de programas como o SUS ... a da aposentadoria rural. É isso. Enfim, por qualquer lado, de todos os ângulos, segundo qualquer ótica, o cidadão desamparadamente está entregue ao ralador."

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