Artigo - O Grande Agiota

25/2/2008
Dennis Braga - escritório Gondim & Advogados Associados

"Quanto às 'duras' críticas de Sylvia Romano em Migalhas 1.843 (- 22/2/08 - "Instituições financeiras" - clique aqui). A culpa por lucros extraordinários dos bancos, não é dos administradores dos bancos que, pelo visto, estão desenvolvendo ótimo trabalho. Pelo que eu me lembre, somente a Vale do Rio Doce conseguiu uma proeza dessas há alguns anos. O seu lucro triplicou em 3 anos. Aliás, diga-se de passagem, instituição financeira, assim, como a Vale, não é instituição de caridade. É atividade que visa lucro. A indignação com as taxas cobradas nesse país, permite aplicação no exterior ou, em último caso, dinheiro embaixo do colchão. É muito provável que a nobre apoiadora tenha certa fortuna aplicada e que receba remuneração bem superior a 0,7%, por ela. Acionistas da Petrobras, por exemplo, ganharam bem mais de 150% do valor aplicado nos últimos anos. Por fim, vale lembrar que os juros 'absurdos' cobrados, por exemplo, no cartão de crédito, só são cobrados se você não paga o débito integralmente (você sabe disso - mas não é o seu caso, claro). Mas se mesmo assim isso incomoda, vá ao mercado financeiro e busque, sozinha, sem intermediação, o financiamento para as suas compras. Banco paga empregados, aluguel, água, luz, direitos trabalhistas, impostos, cafezinho, decoração bonitinha para os clientes VIP do Van Gogh, Personnalité, Uniclass... É justo que receba pelo serviço prestado, ou a dra. fica na fila do banco para pagar as contas?"

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