Antigas histórias dos calouros

27/2/2008
Eliane Aloi Alves Macedo Gonçalves

"Março de 1967 (Migalhas 1.844 - 25/2/08 - "Calouros" - clique aqui). Finalmente chegou o primeiro dia de aula na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco! Assim que passei pela imponente porta de entrada já senti o peso das Arcadas, a responsabilidade de estudar lá e manter vivas as inúmeras tradições do Largo. E honrar a memória de tantas figuras ilustres que por lá passaram. Muitos veteranos iam cercando cada calouro que entrava, falando alto, mexendo nos cabelos, ameaçando fazer e acontecer. Nada mais aterrorizante do que aquele grito que vinha do fundo da alma: 'Sangue de caloooouro!' O que me salvou de muitas situações foi o fato de eu estar com curativo no rosto, devido a uma plástica que tinha feito no nariz. Mesmo assim, eles escreveram e rabiscaram o gesso, mas resolveram me proteger dos trotes e do corpo-a-corpo mais 'violento'. Com isso, além de escapar dos trotes mais agitados, ganhei um apelido pelo qual sou chamada ainda hoje, por alguns desses veteranos que ficaram meus amigos: Narizinho."

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