Artigo - Maioridade penal aos jovens delinqüentes 4/3/2008 Ana Catarina Strauch - advogada "O que a sociedade custa a entender, é que a simples redução da menoridade penal, não irá de forma alguma contribuir para minimizar ou reduzir os delitos cometidos pelos menores. A idéia de compactuar com a redução da idade penal, s.m.j. entendo que só contribui para a falência da própria sociedade, da entidade familiar e do próprio Estado, que não soube, não quis, não contribuiu e não investiu (como de fato não investe), na formação do jovem adolescente. Nossa preocupação não pode somente estar voltada a existência do ECA, instituto elaborado nos melhores moldes da legislação internacional. Precisamos parar, todos nós, para refletir, que o jovem adolescente desta década, não tem líder para seguir ou dar exemplos, não têm emprego, vivem em um mundo 'robotizado' atrás de telas de computadores, são produtos de um época em que pais e mães trabalham arduamente para mantê-los, via de regra sem unidade familiar, não tem exemplos políticos ou similares. O jovem é produto do meio que o gera e que o mantém. Os programas sócio-educativos não recuperam o menor infrator. Se pudéssemos ter exemplos de dedicação ao jovem adolescente, tal qual o exemplo do filme 'Escrevendo Lendas', com certeza poderíamos encontrar o caminho para o jovem, hoje tão desencontrado socialmente e psicologicamente. Quem disse que o ato de votar, dá discernimento e maturidade? É apenas uma escolha política, muitas vezes copiada do exemplo dos próprios pais. Não temos que penalizar nossa juventude, nem segregá-las do convívio social. Precisamos antes de tudo, entendê-las, amá-las e contribuir com exemplos como respeito, dignidade, união, solidariedade, amizade, para que elas não percam, se é que ainda têm, sonhos a perseguir." Envie sua Migalha