Células-tronco

6/3/2008
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"Assisti pela TV Justiça ao julgamento do STF, ontem, sobre a questão das células-tronco (Migalhas 1.852 - 6/3/08 - "Pedido de vista" - clique aqui). Gostaria de Parabenizar novamente o Doutor Ives Gandra por sua brilhante atuação, em todos os sentidos. Por outro lado, é de se lamentar que o Ministro Carlos Ayres Brito - seguido, após a leitura de seu voto, por uma manifestação entusiasticamente a favor da morte de embriões humanos - tenha deixado constar em tão importante e histórico voto conceitos pseudo-científicos e equívocos sem monta, na área científica. Opiniões, meu Deus, muitas opiniões sem comprovação, preparadas desde há muito. Confessando que não acredita em Deus, e chamando o zigoto de ser não-humano, parecia desconhecer - de forma admirável - o quanto as indústrias abortistas ficaram felizes com a consagração jurisprudencial da desumanidade. Afinal, o voto do sr. Ministro - ele sabe disso? - abre as portas para a matança generalizada de fetos humanos. Que Deus nos proteja. É um voto que envergonha toda a nação brasileira, que não é laica (leia-se laico como 'preconceito contra religião, aversão criminosa à qualquer possibilidade de fé em Deus'). E ainda a desculpa de que 'ficaríamos atrasados se não prosseguíssemos na pesquisa que outros países desenvolvem', um semi-complexo de inferioridade nacional, estampado em lampejos de 'inimicus foetus vitae'. As inverdades científicas constantes do voto serão, a seu tempo, dissecadas e replicadas. Ministro que nos representa, no Supremo Tribunal Federal, possui as virtudes necessárias para reconhecer o erro e voltar atrás. E todas as pessoas que necessitam das pesquisas com células-tronco serão curadas pela utilização dessas células tiradas do cordão umbilical e da placenta, sem a necessidade de se matar para se salvar."

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