MASP

10/3/2008
Pedro Luís de Campos Vergueiro

"Na década de 90, na cidade de Bilbao foi edificado o portentoso prédio do Museu Guggnheim. Por qualquer lado que seja fotografado, o conjunto impressiona pela ousadia e modernidade. A revista Bravo – edição especial sobre os 100 Lugares Essenciais da Cultura – contém uma breve notícia a respeito de como essa obra ingressou no mundo da cultura. E entre os 100 está, merecidamente, também o MASP, evidentemente tanto por sua ousadíssima arquitetura, como por seu rico acervo. Porém, sobre o Museu Guggenheim um ponto da notícia impressiona, verbis:

'...Logo de início, passou a receber uma média de 850 mil visitantes por ano. Em três anos, os turistas já haviam pago, em ingressos e na loja de presentes nas dependências do museu, o custo da construção.' (g.n.) 

Destaque-se: em apenas três anos as despesas (que não devem ter sido parcas) da construção foram recuperadas. Diante dessa observação que decorre da forma como o Museu Guggenheim foi, e certamente ainda vem sendo, administrado, é com pesar que se pensa na pobreza(!) do nosso MASP: atrasado no pagamento das contas de luz, devendo contribuição previdenciária, com suas dependências mal conservadas (pode-se dizer que a limpeza deixa muito a desejar) etc. Como estarão as finanças do museu? Aliás, é bom que se diga que o museu é beneficiário de verbas públicas e doações particulares. Como estarão realmente as finanças do museu? Sugerimos, enfim, que o sr. Júlio Neves faça uma visita profissional ao Museu Guggenheim (de preferência às suas próprias custas por ter condições para tanto) para aprender como se torna viável um museu às próprias expensas mediante a exploração dos meios culturais de que dispõe, e/ou ser ensinado sobre como se administra um museu no sentido de fazer com que ele se mantenha por si próprio."

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