Tortura

13/3/2008
Daniel Silva

"Prezado Wilson Silveira, pela leitura da sua migalha, talvez possa me ajudar a esclarecer um problema que não consigo resolver: Como (ou por quê) garantir direitos a pessoas (ou Estados) que não os concederiam a nós se estivéssemos na situação inversa? Não quero aqui debater casos de demagogia política (v.g. por quais motivos um presidente aprova ou desaprova essas coisas). Por mais que queiramos negar, é preciso encarar a dura realidade e aceitar que existem pessoas que são más. E me desculpem os que acreditam nessa lorota, mas não é a sociedade que torna uma pessoa ruim. São as suas escolhas. Existindo pessoas malvadas (que com certeza nos torturariam na primeira oportunidade que tivessem), como extrair delas informações? Com argumentos? Pedindo 'por favor'? Não sou a favor da tortura (bom, pelo menos não como regra, mas talvez como último recurso), mas será que conseguem extrair de um criminoso informação para evitar um estupro de uma criança ou a explosão de uma estação de trem lhe concedendo três refeições diárias, acomodações adequadas, televisão, rádio e biblioteca e indicando um soldado todo arrumado e ajoelhado ao seus pés implorando para que pense na pobre criancinha (ou inocentes) e dê a informação? Apenas para simplificar o assunto, solicito expandir o conceito de tortura (abordando a tortura não-física) e excluir casos de tortura de inocentes."

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