O Estado de S. Paulo X OAB/SP 14/3/2008 Fabio Tertuliano Marques de Oliveira - advogado, escritório Advocacia e Assessoria Tertuliano e Ramos "Prezado Redator, apóio totalmente as palavras do digno Presidente da OAB/SP no caso do 'jornal que é contra os advogados' (Migalhas 1.856 - 12/3/08 - "Discutamos muitas vezes, não disputemos nunca" - clique aqui). Chegamos num ponto que a única defesa dos advogados contra os abusos autoritários dos 'colegas de trabalho' é a mídia, e se essa não nos socorre, o que fazer? Uma Greve Geral paralisando primeiro as varas criminais? Quem irá defender os cidadãos, o jornal Estado de São Paulo? A defensoria pública munida de parcos profissionais? Temos uma arma mortal contra esses abusos e sequer pensamos na possibilidade, mas há os que diriam, pode o advogado fazer isso? Não é contra a lei e a ética? E eu respondo, e quem é a favor de nós? As corregedorias? Há pouco tempo um promotor voltou a oficiar depois de ter matado um jovem, ora, que moral é essa para nós chamar de fascistas! Muitos colegas transigem com os abusos com medo de represálias 'sentenciais', sempre dizem: 'Precisamos deles, temos que pegar leve'. Por mais que tentemos ser relevantes com os abusos, chega uma hora que o sangue ferve.Ora, já é tão difícil ser advogado hoje em dia com os problemas de mercado e economia, com colegas desonestos, lentidão dos processos, e por aí vai, e ainda temos que pedir pelo amor de Deus para que o juiz nos atenda, para que o delegado nos deixe ver o inquérito, tudo isso é porque falamos em nome do cidadão, imagine se o advogado fosse parte então... Todos os dias colegas são ridicularizados por juízes, promotores, serventuários, delegados, até o estagiário do juiz dá 'bronca' em advogado, não é exagero. Nós advogados perdemos nosso senso de união e amor - próprio, aceitamos tudo em nome 'da boa convivência' com o judiciário, e os 'cara' 'créuu' em nós, ora, um juiz que ganha cerca de R$ 20.000,00 por mês, fora os diversos adicionais, não quer despachar fora do expediente para atender não ao interesse do advogado, mas sim do cidadão que paga o seu alto salário, é muita vaidade dos 'deuses'. Não preciso de muitas palavras para expressar a indignidade dos advogados com as condições de trabalho, principalmente com o tratamento desrespeitoso que vêm recebendo, cada um tem em seu íntimo a chama da revolta, assim, desperte - a para que não sejamos humilhados, considerados os 'motoboy's' do trânsito do judiciário, o que é uma injustiça também com essa nobre categoria. Precisamos de uma OAB mais preocupada com esses problemas, e não com os de Brasília, chega de política, mais advocacia! Por fim, os nossos 'colegas' de trabalho acham que o advogado ter uma sala especial, direito a estacionamento é uma exigência absurda, ora, porque pensam que são melhores que nós? Por mim as vagas nos tribunais deveriam ser no mínimo em número igual aos dos juízes, haja vista que trabalhamos e estudamos mais que eles, o que iria com certeza sanar os vícios das instâncias recursais, acabar com o 'Tendencionalismo', que é a (Tendência crônica ao Imperalismo). A hora é essa 'companheiros' (não sou comunista), não a deixemos passar, vamos inflamar essa discussão, pois caso contrário, seremos sempre considerados os 'office boy's' do judiciário, leva papel e traz papel, leva papel e traz papel.. Podem me chamar de louco, radical, extremista, acho até que sou um pouco mesmo, pois corre em mim o sangue do grande herói Tiradentes, só o que não podem rebater é que eu amo ser advogado! Colegamos, só unidos venceremos, é hora da batalha com os abusos, pensem nisso, o que será do judiciário e dos magnânimos juízes, promotores e delegados sem o advogado, volto a falar, já pensaram o que uma greve causaria, acho que á única arma para conseguirmos nossas reivindicações que têm que ser, como dizem os 'colegas' de trabalho, 'absurdas'. Desculpe o desabafo e a má elaboração das idéias,sei que acharão muitos erros, porém foi meu coração que falou. Ordem, Ordem, Ordem, Acima de tudo, abaixo de Deus!" Envie sua Migalha