Artigo - Eu e a OAB/SP 19/3/2008 Romeu A. L. Prisco "Diz a colega Célia Regina Sala não poder 'concordar totalmente' comigo, sinal de que, salvo engano, apóia algo da minha posição. Outrossim, também concordo parcialmente com a sua manifestação, mormente quando afirma que todas as despesas efetuadas pela OAB são suportadas com as anuidades pagas pelos advogados. Durante mais de 35 anos participei efetivamente do pagamento dessas despesas, que agigantaram a OAB, dela fazendo uma entidade rica e poderosa, com todos os seus bens móveis e imóveis, acervos patrimoniais e número expressivo de funcionários, enquanto eu, filiado e contribuinte obrigatório, nem por isso ganhei um centavo a mais. Quanto à alegada 'economia' decorrente das consultas médicas 'subsidiadas' pela CAASP, que ainda está devendo à classe um plano de aposentadoria complementar digno deste nome, não há nenhum mérito nisso, posto que o subsídio se dá de um advogado para o outro: você 'subsidia' a minha consulta e eu 'subsidio' a sua. Nada além disso. Prefiro ficar com o meu plano de saúde familiar, cujo 'subsídio' é bem mais abrangente, até porque, sem ele, hoje estaria em maus lençóis. Não sou exatamente favorável à extinção da OAB, mas sim, frontalmente contra a obrigatoriedade de filiação (vide outro texto de minha autoria sobre a 'ABA - American Bar Association'). Destarte, encaro com mais simpatia a existência de entidades tipo 'AASP', 'AATSP' e similares, que prestam quase os mesmos serviços prestados pela OAB, promovem eventos, cursos e palestras, distribuem as intimações judiciais, possuem bibliotecas acessíveis até mesmo para não-associados e oferecem convênios com estabelecimentos comerciais e de turismo, tudo na base da adesão voluntária. De resto, sempre que 'lutei contra autoridades e seus abusos' o fiz sozinho. Afinal, essa talvez seja a nossa principal atividade profissional." Envie sua Migalha