Educação infantil

24/3/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Silvia Calabresi de Lima, a empresária – hoje em dia, quando não se sabe o que uma pessoa faz, é chamada de empresária – na verdade é uma incompreendida. Disse ela à reportagem que não estava torturando a menina de 12 anos que todos vimos amarrada na área de serviço de seu apartamento, queimada, com a língua cortada, etc. Afirmou a 'empresária' que 'pensou que estava educando'. Pode ser. Nunca se deve fazer julgamentos apressados. É verdade que, no Brasil, considera-se educação infantil o período de vida escolar que vai das crianças entre 0 e 6 anos e que, nesse período, as crianças devem ser estimuladas através de atividades lúdicas e jogos. Mas, nem sempre foi assim. E é preciso considerar que a mãe biológica da menina entregou à Silvia a função de mãe e educadora e é possível que Silvia obedecesse a alguma escola educacional mais antiga, da Grécia talvez. No mundo grego, o controle dos pais sobre os filhos era total e incluía, também, o direito de tirar-lhe a vida. Nas sociedades antigas a existência das crianças dependia totalmente do pai que podia, até, enviá-las a prostíbulos, abandoná-las, vendê-las ou matá-las. Talvez a intervenção policial no apartamento de Silvia tenha interrompido uma importante experiência de reflexologia que iria redundar em uma nova filosofia educacional – a psicologia Calabresi – só equiparada ao Behaviorismo ou aos testes de Pavlov, trabalho que, com certeza, iria revolucionar a educação infantil. Afinal, a ciência é fática, verificável, metódica e preditiva – ou 'sem fatos, as teorias são vãs' – e ficamos sem saber onde queria chegar a educadora Silvia Calabresi com seus experimentos educacionais."

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