Um tapinha não dói 2/4/2008 Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL "Bem lembrado pelo migalheiro Tiago Zapater o caso – ou os casos de Chico Buarque – um dos compositores mais visados pela censura, nos chamados 'anos de chumbo'. Real, conta-se, o caso de uma de suas músicas, pouco conhecida, ‘Bolsa de Amores’, em que fazia graça, comparando a morena a uma ação da bolsa: 'Não deu dividendo... nem deixou filhote... bem me dizia meu corretor, a moça é fria, ordinária, ao portador'. Na época, a música voltou da censura, não apenas vetada, mas com a 'sugestão' do censor, para a troca da última linha, para 'a moça é tola, perdulária e sem valor', ao que Chico teria desistido da canção e teria afirmado que censura, até que agüentava, parceria não. Na última 'Veja', por outro lado, há uma matéria, 'Memórias da Estupidez' que relembra outros casos de censura, até em nome do 'bom gosto', de que foi vítima Mário de Andrade, ou de 'falta de inspiração', que atingiu letras de Adoniran e Lupicínio. Na época, procurava-se 'civilizar' a população brasileira, o que parece estar de volta agora, em 2008." Envie sua Migalha