União estável homossexual 9/4/2008 Tiago Zapater - escritório Dinamarco & Rossi Advogados "Sem dúvida digno de aplausos o voto. Assim como digna de elogios é a postura do migalheiro Paulo Vecchiatti de incansavelmente defender a causa homossexual. Caro Paulo, não se deixe melindrar. Não faltam estudos mostrando que, na jurisprudência da Suprema Corte estaduniense, um percentual muito alto de entendimentos minoritários em alguns anos passa a ser o entendimento predominante. Acredito que no Supremo Tribunal Federal algo parecido também suceda. Ainda, recente pesquisa de opinião divulgada pela Folha mostra que o percentual dos favoráveis à união homoafetiva é maior entre os mais jovens e com maior nível de escolaridade. Trata-se assim de uma questão de esclarecimento e amadurecimento da população. Estar aberto a novas idéias é sinal de amadurecimento. Algumas pessoas, depois de certa idade, ao menos em alguns assuntos, já não são capazes de amadurecer. Amadureceram demais as idéias erradas. Sem ofensa aos demais migalheiros, por favor, não me refiro a ninguém (sequer conheço os opositores do sr. Vecchiatti ou o próprio). No íntimo, todos temos direito a nossa porção de conservadorismo (eu tenho cá os meus, muitos, rabugentos e imutáveis). Mas só no íntimo temos esse direito. No Direito, graças à deus, a idéia de um direito divino, natural, ou de qualquer modo imutável, está superada há alguns séculos entre nós. Nosso direito é positivo e sua maior qualidade (e justificativa) é sua capacidade de mudança. Nós podemos ser conservadores, o direito não, ele tem obrigação de ser aberto a novas idéias, em realizar mais direitos para mais pessoas, em descobrir e proteger minorias. Parabéns, migalheiro Paulo, por ter a coragem de estar na vanguarda." Envie sua Migalha