Água mineral natural

9/4/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Um mistério. Ao tomar um copo de água mineral natural, da marca Minalba, li, por acaso, a composição química do produto. Lá encontrei, por exemplo, certas quantidades de bário, estrôncio, cálcio, magnésio, potássio, sódio, sulfato, bicarbonato, fluoreto, nitrato e cloreto. Fiquei sabendo coisas que não sabia, como a condutividade elétrica, a temperatura e a radioatividade na fonte. Tudo muito complicado para quem sempre aprendeu que a água era incolor, inodora e insípida. Mas, o que não entendi foi o alerta: não contém glúten. Considerando que o glúten é uma proteína encontrada na semente de cereais, principalmente do trigo, por que – diabos – poderia ser encontrada na água mineral natural, nem que fosse por acaso? O glúten, fui estudar, é obtido da farinha de trigo e alguns outros cereais, lavando o amido (fécula). Para isso se forma uma massa de farinha e água, que é lavada, até a água tornar-se limpa. Será isso? É a essa água, 'limpa' que chama-se água mineral natural, que 'não contém glúten', porque o glúten é o produto resultante, sem a água? Estranho, muito estranho mesmo. O glúten, segundo meus altos estudos, pode ser encontrado nos seguintes cereais: trigo, cevada, aveia e centeio. E, é claro, em produtos acabados em que entram esses cereais. Mas, jamais na água. Então, por que o alerta da água: 'não contém glúten'? Curioso, verifiquei, na minha geladeira, a água de coco que 'só contém água de coco', mas também traz o alerta que 'não contém glúten'. Bem, na verdade, talvez seja necessário. O leite, que vem da vaca, não deveria ter água oxigenada e soda cáustica, mas tinha. E, será que continha glúten?"

Envie sua Migalha