Isabella 14/4/2008 Dalila Suannes Pucci - OAB/SP 28 671 "Durante 12 (doze) anos atuei como advogada da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso - FUNAP, hoje Fundação Manoel Pedro Pimentel. Nossa função era analisar os processos dos presidiários, já condenados, e solicitar a progressão da pena. Ex colegas que se tornaram Delegados, me chamavam de 'babá de presos', ao que eu respondia: 'precisamos aplicar a Constituição, pois se isto não acontecer, se instalará o caos'. O que eu previa aconteceu. Vemos hoje, estampado em todos os jornais, falados e escrito, um linchamento público de um casal por Mera suposição de que são culpados de um crime horrendo, incentivado pelo Ministério Público. Há anos, não lembro se na década de 50 ou 60, aconteceu a mesma coisa porque um jornalista se encarregou de 'crucificar' dois jovens acusados de matar uma moça, depois de uma orgia. Eram culpados? Até hoje não tive a certeza. E, como eles, ao que parece, já morreram, o caso foi definitivamente encerrado. Sem falar no famigerado caso da Escola Base... Não se pode conceber que uma autoridade que deve primar pela aplicação da lei se esqueça do principio maior que rege nossa sociedade: todos são inocentes, até prova em contrário. Como é possível que a autoridade venha a público sentenciar, sem o devido processo legal? Onde está a Corregedoria do Ministério Público que não substitui seu elemento por estar com o juízo já formado, antes das provas, e portanto, viciado? Que se cumpra a lei." Envie sua Migalha