Lei do Abate

26/7/2004
Decio A. Barci

"Sou totalmente favorável a lei do abate, só que há um porém. As obrigações impostas pelo DAC à aviação geral são incompatíveis com o funcionamento da mesma. Suas exigências de manutenção para que as aeronaves tenham direito ao vôo são simplesmente absurdas, escorchantes e desprovidas da noção de custo benefício. Aeronaves irregulares terão grandes problemas ao identificar-se quando interceptadas em vôo, mesmo porque, as multas ultrapassam cinco mil reais. Se dar opinião não ofende: O avião de Santos Dumont é exatamente o mesmo dos  atuais. Isto é: Você acelera, ganha altura, tira a aceleração, passa a planar. A parafernália de instrumentos atuais só serve para tornar o vôo ainda mais seguro. Aqui vai a pergunta: Onde o DAC pretende chegar? De uma frota de quinze mil, temos diariamente em vôo, oito  a dez mil aviões interditados por não "cumprir" as exigências absurdas de manutenção impostas pelo DAC. "Onde tudo é proibido tudo é permitido". Milito na aviação há mais de quarenta anos e só vejo as coisas piorarem. Que tal iniciarmos, liberando a responsabilidade física e jurídica das aeronaves, para os proprietários  ou mecânicos a sua escolha? A maioria dos pilotos persegue a boa conduta e melhoria do espaço aéreo, pois quem nasceu com o vírus do vôo não abre mão, mas com a marginalização  atual, em breve só  teremos  aviões irregulares. É hora de levar o assunto a sério."

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