Circus

"Senhor editor, quero dirigir-me diretamente ao ilustre migalheiro Adauto Suannes. No Circus 83 (11/4/08 – "Era do Rádio" - clique aqui), mais uma vez ele me sensibiliza quando relembra passagens e situações da década de 40. Antes, noutra crônica, falou dos seus tempos de escola primária, das dificuldades e das peripécias próprias da idade. Falou, também, do ilustre professor Kazuo Watanabe, de quem tive a honra de ser aluno. Ao lê-la, transportei-me para aquele passado longínquo e senti afloram-me as lágrimas da saudade. Agora, com o Circus 83, volta ele a me trazer a sensação de que minha história de vida e a dele correram pelo mesmo fio. Quando a li, lembrei-me de sua preferência pelo nosso grande e incompreendido Corinthians Paulista e, antes de chegar ao final, tive o pressentimento de que ele mencionaria os áureos tempos em que eu freqüentava o Pacaembu - e ele, com certeza, também - para ouvir ainda o ressoar dos alto-falantes anunciarem: 'o posto de serviço Esso de Francisco Zamprana informa...' e vinha a escalação de que me lembro bem do ataque (que se compunha de cinco jogadores, não como hoje, que são dois no máximo); Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário. Ou, mais tarde, Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Simão (se não me lembro mal). Imaginei, também, que ele não deixaria de citar os programas do Nhô Totico, que fazia as crianças e as famílias se reunirem para dar muitas risadas. Registro, pois, minha extrema admiração pelas suas crônicas e o orgulho que tenho em ser, embora em plano nitidamente mais modesto - seu contemporâneo e colega migalheiro. Que Deus lhe dê muita saúde e muitos anos de vida, para que continue nos alimentando com sua verve singular e incomparável."