Isabella

24/4/2008
Abílio Neto

"Prezado Diretor, depois do bárbaro assassinato da garota Isabella procurei duas coisas pra ler: 1) um artigo do dr. Adauto Suannes, publicado em junho de 2006 (Migalhas de Peso - 'Sobre Pais e Filhos' – clique aqui); 2) um poema de um conterrâneo meu, Alberto da Cunha Melo, chamado 'Ritual de Espancamento'. Li e calei. O poema referido deixo abaixo publicado: 

'Ritual de Espancamento (Alberto da Cunha Melo)

 

Espancado para aprender

a espancar

e ser espancado,

espancado em nome de Deus

ou de um jarro quebrado,

espancado para falar

e calar

o próprio espancamento.

Espancado para aprender

que homens aprendem

espancando e sendo espancados,

espancado para dizer

que não foi espancado,

espancado para morrer

pensando que o mundo

está povoado

de espancados que espancam

e espancadores espancados.'"

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