Isabella 25/4/2008 José Renato M. de Almeida – Salvador/BA "Mentir é crime. O caso Isabella mostra que as provas técnicas precisam ser cada vez mais consistentes e definitivas para superar as mentiras. Não basta ter indícios, gravações de áudio, de vídeo e testemunhos diretos. É necessário levar o criminoso a confessar e esclarecer pessoalmente o ato cometido. Temos observado que os acusados se esmeram em desmentir a acusação, se especializam em mentir olhando firme para o inquiridor, às vezes lavado em lágrimas, sofrimento e emoção. A melhor escola é a freqüentada pelos políticos. Lembro de Bill Clinton negar que não teve relação sexual com Mônica Levinsk. Internamente estava convencido de que falava a verdade, visto que houve 'apenas' falação. Muitos escândalos denunciados por áudios e vídeos também não deram em nada, para a alegria dos envolvidos. Sempre há o recurso de que são provas obtidas de forma ilegal, a gravação é de má qualidade, houve montagem, está fora do contexto, etc. Mesmo com o uso de câmeras em lugares públicos, que muito auxiliam as investigações, noto que a cada melhoria nas gravações de som, imagem e de novas tecnologias bioquímicas e genéticas, há também maior especialização dos acusados e dos advogados de defesa em desqualificar as provas e apontar falhas no processo. É importante lembrar que mentir ou tentar enganar é crime! Crime chamado juridicamente de falsidade ideológica." Envie sua Migalha