Artigo - A Injustiça cometida contra a classe dos advogados

25/4/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. Diretor. Leio em Migalhas comentário de Evandro R. S. do Carmo. É mais que evidente o desprestígio que sofre a classe de advogados de parte do Judiciário Federal, Estadual e Municipal, e também do Executivo. O Judiciário tem tomado atitudes a fim  de evitar o trabalho, e logicamente o ganho do advogado. Um deles, o 1º, foi  à Justiça sem a necessidade de advogado; posteriormente, recentemente, a não necessidade de usar as Varas de Família para arrolamentos e inventários, podendo usar os Cartórios. O Judiciário atrasa e jogaram a culpa nos advogados. Já os advogados não fazem jus na Justiça do Trabalho a honorários advocatícios, devendo os clientes pagá-lo de seu próprio bolso. Quanto ao Executivo, cobra absurdos de imposto de renda dos advogados nas varas de família, na cobrança de alimentos, o Juiz não dá honorários. Trabalham anos a fio, por exemplo, em concordatas e falências e quando cabe-lhes receber misérias têm de depositar quase 27,5% do ganho. Vamos supor, há concordatas e falências que levam cerca de 20 anos (240 meses), o advogado no final faz jus a R$ 20.000,00. Tem de recolher para o Imposto de Renda cerca de R$ 5.500,00, após colocar de seu bolso gasolina, manutenção do automóvel, estacionamento, escritório, etc. etc. A par disso, se dividirmos o que acabou recebendo depois de  20 anos, teríamos mensalmente a quantia de R$ 83,33 (oitenta e três reais por mês), sem juros e correção monetária. Onde há justiça disso? Não é discutível? Atenciosamente"

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