OAB/DF

"Caros colegas advogados, imersa na lama de uma fraude criminosa e inusitada, a direção da OAB/DF se utiliza da publicação institucional, a 'Voz do Advogado', para mais uma tentativa de lançar os fatos sob o tapete, cobrando uma ética de que não dá exemplo! É escandaloso o descaramento com que o fazem, notadamente a Sra. Estefânia Viveiros, Presidente da Seccional, permitindo a transformação de uma publicação que deveria ser institucional, em um pasquim de ordinária procedência. A investigação a que está submetida a OAB/DF perante a PF e o MPF, não é uma perseguição política nem antidemocrática. É, mesmo, de conduta de apuração de eventual crime: cesteiro que faz um cesto faz um cento: mais de uma centena de títulos de advogados falsificados formam um grupo de espertalhões, aquinhoados com a gratuidade (?) da concessão. Lamente-se, também, a ligeireza com que o Conselho Federal da OAB, pelo seu nobre Presidente Cezar Brito, deixou a prudência técnica para aceitar uma prova obtida de forma ilícita, com uma degravação espúria de um grampo ilegal, para instruir uma suposta abertura de processo ético-disciplinar. A OAB é uma instituição arraigada na luta pela democracia e pelos direitos do cidadão e essa vocação não pode ser tisnada pelo crime de múltiplas falsificações de Exames de Ordem e nem servir-lhes de biombo. Salientamos, finalmente, que quem realmente iniciou a campanha pela ética na OAB/DF fomos nós e não levamos para a Imprensa o grampo escandalosamente ilegal do qual fomos vítimas, razão pela qual não podemos ser acusados de estar maculando a imagem da OAB/DF. Crescemos sob uma ditadura militar e sabemos bem quais são os pilares de um estado democrático de direito. Não vamos nos intimidar diante de ameaças, inclusive de ordem policialesca. É inadmissível a utilização da nossa revista A Voz do Advogado, paga com a anuidade das advogadas e dos advogados, para macular a nossa honra profissional, moral e de cidadãos. Não faltamos com a ética em momento algum, muito ao contrário, estamos em defesa da nossa gloriosa OAB/DF, para que ela possa voltar a ser uma reserva moral e ética para a nossa sociedade. Não, dra. Estefânia, não fomos nós que fraudamos o Exame de Ordem! Não, dra. Estefânia, não fomos nós que permitimos que fraudassem o Exame de Ordem. Não, dra. Estefânia, não fomos nós os denunciados à Justiça por envolvimentos com a máfia do escândalo da filantropia junto ao INSS! Não, dra. Estefânia, não somos nós que estamos sendo investigados pela Policia Federal e pelo Ministério Público Federal por fraudes ocorridas nos Exames de Ordem dos últimos três anos na nossa Seccional sob a vossa presidência! Não, dra. Estefânia, não fomos nós os demitidos ou afastados da OAB/DF pelas fraudes, mas sim, Thompson Flores e Janaína Faustino, que hoje dão entrevistas na Revista A voz do Advogado, passando-se como exemplos de pessoas éticas. Vamos em frente. Temos fé e acreditamos na primazia das Leis.