Operação Santa Teresa

"No bojo da dita 'operação Santa Tereza' (Migalhas 1.886 – 25/4/08 – "Santa Teresa" – clique aqui), tivemos o atual ocupante da cadeira de presidente da seccional paulista da OAB em visita oficial ao advogado Ricardo Tosto, em sua breve permanência na custódia da Polícia Fascista. Nesta oportunidade, o presidente de plantão da outrora fecunda OAB paulista clamava para as câmeras - este instrumento entorpecedor -, de que ali estava em missão oficial para garantir as prerrogativas do advogado Ricardo Tosto?! Se a imprensa não cometeu nenhum ato de 'lessa – informação', o midiático presidente entrou e saiu da carceragem, e o advogado Tosto continuou em cela comum, sem que fossem observadas as cautelas dos incisos II e V do artigo 7º da Lei 8.906/1994! Ora Senhores Migalheiros, Senhores Advogados, basta, cansei desta hipocrisia barata e eleitoreira, aproveitando-se de uma desgraça que veio a se abater em um legítimo inscrito nos quadros da ordem dos advogados do Brasil, sendo jogado ao escárnio público e o presidente de uma das mais importantes seccionais do país fazer visagem, única e exclusivamente para dizer que fora garantir as prerrogativas! Por favor OAB, estamos colhendo os frutos da inoperância e inatividade que afrontam a tradição histórica deste verdadeiro baluarte da democracia brasileira, que é a Ordem dos Advogados do Brasil. A que ponto precisaremos chegar para darmos um verdadeiro basta nesta orgia de desacatos à Constituição, à legislação Federal, em especial a Lei Federal 8.906/1994, que é o Estatuto da Advocacia?! Será necessário vermos editarem uma Medida Provisória proibindo-se o exercício da advocacia?! Será necessário a instituição de forma plena de Tribunais Sumários, excluindo-se a necessidade de instrução criminal e findando-se de forma plena com o amplo direito de defesa?! Estamos próximos do Réquiem da advocacia brasileira?! Temos somente alguns poucos expoentes somente na advocacia, tais como José Roberto Batochio; Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Arthur Lavigne, e alguns outros poucos, em um universo tão grande de advogados?! E por que nenhum, absolutamente nenhum integrante das atuais diretorias das seccionais, para não dizer do próprio conselho Federal se levanta de forma efetiva contra este aviltamento não de uma classe profissional, mas sim de toda uma nação que vê sua Carta Magna ser vilipendiada a cada operação pirotécnica?! Devemos refletir e acordar, antes que seja tarde demais."