Parada Gay – um exemplo a seguir

7/5/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Na semana passada, o Migalheiro Vecchiatti, em esforçados versos, depois de injustamente acusar-me de não ter mais o que fazer além de ironizar os gays, declarou que a Parada não necessita, absolutamente, ambulâncias ou serviços médicos, e que jamais precisou. Preoculpei-me, pois havia lido isso em algum lugar. Eis que localizo a notícia. Onde? Exatamente em paradasp.org.br. O 'site' oficial da organização, que traz o resultado da reunião da Associação do Orgulho GLBT com a Polícia Militar:

'12? Parada GLBT: PM e APOGLBT divulgam plano para segurança na Parada

Enviado por parada2008 em 21/4/2008 22h40 (462 leituras internas)

Uma das principais e mais impactantes medidas do plano criação de bolsões para policiais nos canteiros centrais da Avenida Paulista e da Rua da Consolação

Em reunião ocorrida na quinta-feira (3), no Comando da Polícia Militar, em São Paulo, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT) expressou sua preocupação com a segurança dos participantes da 12ª. Parada, prevista para ocorrer no dia 25 de maio, e solicitou um plano da PM. Durante o encontro com vários órgãos de segurança pública, a Associação apresentou sugestões e avaliou os elementos que comporão o plano da Polícia para a manifestação.

O tesoureiro da APOGLBT, Manoel Zanini, afirmou que considerou "excelente e surpreendente" o resultado da reunião. Ele considerou que o plano da PM superou as expectativas da Associação. "Queríamos a divulgação de um plano que fosse de conhecimento público para prevenir os incidentes ocorridos anteriormente e antecipar riscos de segurança numa manifestação dessa magnitude", afirmou Zanini. A 11ª. Parada, ocorrida em 10 de junho, se consolidou como a maior manifestação do gênero no mundo ao reunir cerca de 3,5 milhões de participantes, com registro de apenas 12 ocorrências policiais e 60 atendimentos médicos.

Entre os acordos firmados na "Reunião de Planejamento Operacional da 12ª. Parada GLBT de São Paulo", a PM enfatizou que todo e qualquer pronunciamento sobre a segurança da manifestação será feito pela polícia. Da mesma forma, a imprensa deverá procurar a APOGLBT para verificar o número de participantes, dado que, desde 2007, não é fornecido pela PM.

Novidades

O Comandante da PM, Coronel Alvaro Batista Camilo, apresentou uma das principais e mais impactantes medidas do plano: a criação de bolsões para policiais nos canteiros centrais da Avenida Paulista e da Rua da Consolação. Com isso, muda o procedimento do efetivo policial de se posicionar nas imediações da manifestação.

"Por causa do grande número de pessoas, fica quase impossível circular. Dos bolsões, dá para socorrer quem passa mal ou prender quem comete delito imediatamente": diz o Tenente Coronel Paulo Adriano Telhada, comandante do 7º. BPMM (Batalhão da Polícia Militar Metropolitana), que comandará a operação pessoalmente.

Outra medida que reestrutura a Parada são os corredores de serviços para circulação de viaturas na região do Parque Trianon e da Rua da Consolação, para atendimentos médicos e policiais. Haverá, pela primeira vez, um hospital de campanha na Praça Roosevelt (fim da Parada) com 40 leitos. Verificou-se que a maioria das ocorrências de atendimento médico se dão no final da manifestação.

Tanto a APOGLBT quanto a PM apoiaram mudanças na área para autoridades montada no Vão do Masp. Avalia-se que a montagem de arquibancadas naquela área gera expectativa e atrai uma concentração de pessoas que acaba por gerar incidentes médicos e de segurança. A estrutura deverá ser totalmente fechada e restrita à logística e serviços da Parada.

Segundo Telhada, serão empregados o efetivo policial de mil soldados, apoiados por três batalhões de área, pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), pelo Batalhão de Trânsito e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CE) e da segurança das estações de metrô. "Este efetivo estará encarregado, não só da segurança dos participantes da Parada, como também da prevenção de delitos que possam vir a ocorrer nas imediações da Avenida Paulista e Rua da Consolação", afirmou Telhada. Ele acrescentou que a polícia também vai prevenir a ação de vendedores ambulantes de bebidas alcoólicas e de pessoas embriagadas que possam querer tumultuar a manifestação.

Todo ano, a APOGLBT publica em seu site (www.paradasp.org.br
) orientações sobre segurança em português, em inglês e em espanhol. O objetivo é oferecer dicas para que os participantes não corram riscos e possam acompanhar a manifestação de forma saudável e segura.

A secretária Adriana da Silva também representou a APOGLBT junto com Marco Antonio Lopes, coordenador de segurança da Associação. Participaram ainda representantes da Polícia Civil, Guarda Metropolitana, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Subprefeitura da Sé, SPTrans, Metrô, Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância (Decradi), Coordenadoria Municipal de Assuntos da Diversidade Sexual (Cads) e SP Eventos.

Números da 12ª. Parada, comparados com a manifestação de 2007:

O efetivo de GCMs será de 200 guardas, sem informação da participação em 2007.
O efetivo de segurança privada sobe de 160 para 1026.
O efetivo de médicos sobe de 14 para 46.
O efetivo de enfermeiros sobe de 28 para 55.
O efetivo de PMs sobe de 900 para 1000.
As ambulâncias móveis/UTIs vão de 14 para 30.
Estão previstos cerca de 800 banheiros químicos (recomendação da Polícia Militar).
Mais informações sobre o Plano Operacional da PM:
Cel Maria, 3327-7175
Major Albertin, 3327-7493'

Só não entendi porque tantos banheiros químicos. Afinal, 800 banheiros é banheiro à beça. Mas, se é recomendação da Polícia Militar, eles devem saber o que fazem."

Envie sua Migalha