Vagas no STJ

8/5/2008
Fernanda P. da Silva

"Vi ontem a escolha dos nomes que o STJ quer ver como ministros. Assustei-me ao perceber que nenhum deles é do Estado bandeirante, apesar de duas das vagas abertas serem de antigos ocupantes do Egrégio Tribunal de SP. Antes de ser acusada de bairrismo e de outras coisas que costumam dizer dos paulistas, é preciso constatar as realidades. Procurei - infelizmente não encontrei essa informação, mas que este poderoso rotativo poderá, com muito mais propriedade, localizar - de onde provêm os processos que naquela Corte aportam. Quero crer que a maioria, ou significativa porcentagem, é de SP. Ilustro esta minha conclusão com os seguintes dados oficiais, que mostram a porcentagem do Estado de São Paulo em alguns índices : no PIB brasileiro, SP coloca 33,86%, na arrecadação de impostos, 43,12% vêm do bolso dos paulistas, e, por fim, dos brasileiros, 21,65% moram em SP. Pois bem, agora, dos 33 ministros, 3 apenas são de SP. Menos, ou quase, 10% do total. Há algo estranho no ar. Sem demérito dos postulantes escolhidos, que devem ter seus merecimentos, sugiro que o presidente Lula rejeite as listas que lhe foram enviadas, imotivadamente, assim como o STJ fez com a lista da OAB."

Envie sua Migalha