Greve na justiça paulista

3/8/2004
Luciana Teske - escritório Ludman Advogados

"Os prejuízos que a sociedade, em especial nós advogados, estamos sofrendo em virtude do movimento paredista dos servidores do judiciário são notórios e amplamente já discutidos nesse jornal. Porém as publicações de intimações dos processos estão ocorrendo diariamente, abrindo-se prazo para recursos, manifestações e mais diversas providências. Por outro lado, não está sendo possível consultar os autos, pois os cartórios permanecem com as "portas fechadas" sob a alegação que "os prazos encontram-se suspensos em virtude da greve." (sic - cartorários - Fórum Central) Ocorre que, a veiculação no Diário Oficial das referidas intimações, com os cartórios fechados, impedindo a consulta dos autos, extração de cópias reprográficas, etc., está gerando um acúmulo de serviços enorme para os advogados, que ficam impedidos de consultar os processos e interpor as medidas cabíveis. Em outras palavras, quando a greve cessar e os prazos voltarem fluir, cada advogado terá dezenas (ou centenas) de prazos, com prazo em média de 5 a 10 dias (no máximo 15), o que será "fisicamente" impossível de serem elaborados com a dedicação, zelo e eficácia desejada. Sem contar as filas que se formam nos cartórios após o encerramento das greves, conhecidas por nós advogados militantes, pois centenas de outros colegas estarão na mesma situação (desesperados no balcão aguardando atendimento). Desta forma, deixo registrado meu apelo, colocando-me contrária à veiculação de novas publicações na imprensa oficial enquanto perdurar a greve com a finalidade de impedir o aumento da quantidade de prazos, que repita-se, já é preocupante."

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