Espiritualizar o Judiciário 20/5/2008 Rogerio L. Bulgacov "Embora eu me considere um religioso, é com enorme preocupação que vejo essa tentativa de 'espiritualização do judiciário', venha ela de onde vier: de espíritas, católicos, evangélicos, budistas etc (Migalhas 1.900 - 19/5/08 - "Espiritualizar o Judiciário" - clique aqui). Primeiramente, em virtude de sua perigosa carga de parcialidade, e acima de tudo, porque o Direito é ciência, embora falível, sujeito à própria condição humana. Ora, os agentes estatais não são laicos, mas têm o dever de serem imparciais e julgar/opinar segundo os ditames legais. Para se ter um 'Judiciário mais sensível às questões humanitárias', não é preciso apegar-se à religião. A 'fraternidade' é universal e as leis já carregam o componente humano e até o religioso. Não há necessidade de 'espiritualização' ou uso de métodos, no mínimo, inadequados, mas de senso ético, e do uso do Direito como ciência, com todas as suas matizes, e a complementação (hoje em dia já feita) de outras áreas científicas, como a medicina forense, a pedagogia, a psicologia, a psiquiatria etc). Portanto, a idéia de 'espiritualização', 'mediunização', ou qualquer outra com tais ingredientes deve receber o pronto repúdio dos operadores do Direito." Envie sua Migalha