Produtividade do Judiciário

27/5/2008
Lauro Soares de Souza Neto

"A respeito da notícia sobre o primeiro do ranking de produtividade dentre os Magistrados, alguns podem dizer que não faz ele mais do que sua obrigação, já que é muito bem remunerado prá isso (Migalhas 1.903 - 26/5/08 - "Migas - 1" - clique aqui). Mas não. Está ele fazendo sim mais do que dele se esperava. No caso em questão deve ser uma coisa natural esse plus pós obrigacional no desempenho da jurisdição. Chama-se vocação! Deve fazer ele o que gosta. Trabalhava esse tanto desde antes de o CNJ pensar em monitorar sua produtividade. Existem outros abnegados e predestinados, todo mundo sabe; mas são exceções. De qualquer forma, Juízes como o dr. Nelson Ferreira Júnior deixam evidente que o problema da morosidade da justiça não decorre apenas do excesso de expedientes processuais procrastinatórios, nem só do número assustador de demandas. A par da estrutura deficitária da maioria das varas judiciais – reclamo também do campeão de desempenho – o que se verifica, de um modo geral, é a falta de vontade de arrumar as coisas por parte de alguns magistrados que vêem no cargo que ocupam tão somente um excelente emprego, que lhes proporciona poder, alimenta a vaidade e dá segurança financeira. De qualquer forma fica a merecida reverência ao destacado Magistrado. Que seus pares lhe vejam como exemplo a ser seguido."

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