Células-tronco

12/6/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Aí é que está, caros colegas. Quem é que resolve o que querem, afinal, as células, os embriões e os fetos? A sugestão do colega Alexandre de Macedo Marques não me pareceu tão herética como ele mesmo anunciou. Vejo, hoje, muita gente, que a par de falar em livre-arbítrio (vontade livre) afirma saber o que querem os embriões humanos, mesmo que a respeito não tenha havido nenhum pronunciamento. E, se não houve e, pelo jeito, nem vai haver, parece razoável aceitar que, a exemplo de Cristo, possam estar 'querendo' oferecer-se pela salvação, esperança e alívio da dor e angústias humanas. Quem sabe? Outro destino seria o descarte ou, egoisticamente, o lixo, sem servir a ninguém, nem mesmo a si próprios, e nem a aqueles que os defendem, o que não me parece, essa sim, uma solução caridosa para com o próximo ou... cristã. Além do mais, sem querer ser desrespeitoso para com os que são religiosos, mas depois de séculos de mortes em nome da religião, com milhões de pessoas que expressamente (por vontade livre), não desejavam, mas foram torturadas ou enviadas para a fogueira, e civilizações inteiras arrasadas por serem pagãs, inclusive com seus embriões que, na ocasião, não puderam dizer nada, realmente não me parece uma boa hora para esse tema. Isso, sem contar com o que consta do Antigo Testamento, com a destruição de todas as cidades ao redor de Gerara (1 milhão de mortos), ou no Dilúvio (30 milhões de mortos). Melhor seria para a religião que desse sua real contribuição para o bem-estar e o progresso da humanidade. Hoje, sem o medo da fogueira, a ciência pode, melhor do que regredir ou permanecer estagnada, progredir. E poderia, até, contar com o apoio da Igreja para facilitar seu caminho que, além do mais, é inexorável."

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