Militar homossexual

16/6/2008
Romeu A. L. Prisco

"Desde tempos imemoriais, militares são presos por motivos disciplinares. Eu mesmo, quando servi às Forças Armadas, como integrante da Polícia do Exército, tive oportunidade de participar da prisão de vários deles, por razões bem menos graves que a deserção. Bastava um 'reco' (soldado raso) ser encontrado na rua vestindo a calça verde-oliva de gabardine, que pertencia ao chamado 'uniforme de gala', para ser conduzido ao xadrez. Ou, bastava ser reconhecido como 'reco' e estar circulando à paisana. Ou, mais ainda, bastava ser encontrado em bares, boates e casas noturnas, onde rolava a prostituição, trajando o uniforme normal. Não me lembro de ter presenciado qualquer manifestação popular contra tais prisões, diante do 'portão das armas'. Agora, quando dois militares são presos, um deles pela gravíssima suspeita de deserção, integrantes de entidades e comissões ditos de defesa de direitos humanos se postam na entrada do quartel para protestar, chegando, inclusive, a apelar para o Presidente da República, como supremo comandante das Forças Armadas, simplesmente porque os prisioneiros são homossexuais e a punição a eles aplicada constituiria discriminação e preconceito. Salvo engano, os dois militares possuem a patente de sargento, a qual, embora de nível inferior ao oficialato, não se adquire da noite para o dia. Para tanto, é preciso fazer um curso e cumprir etapas, cujas durações seriam mais que suficientes para que os seus superiores detectassem as tendências sexuais daqueles dois militares e obstassem a sua permanência no Exército. Outrossim, um deles alega problemas de 'saúde'. Ora, o Exército dispõe de corpo médico e de hospitais próprios, de boa qualidade, para atendimento em todas as especialidades. Os mesmos que servem para socorrer a população civil em casos de emergência, como já se deu no Rio de Janeiro. Na verdade, o que se nota com grande parte dos homossexuais, militares, ou não, extrapola o direito de serem como são e de não sofrerem discriminação, ou preconceito. Eles (ou devo dizer 'elas' ?) querem receber tratamento e obter privilégios diferenciados, como se fossem excepcionais. Sabe-se do pleito dessa comunidade em duas cidades brasileiras, em uma delas deferido pelo prefeito, que obriga a todas construções públicas novas, além dos sanitários de uso feminino e masculino, a dispor também de um terceiro banheiro, para uso dos 'gays' ! Chega, né ? O 'lobby' da comunidade GLBT está indo longe demais. Todos os dias, em todos os lugares do Brasil, militares de todas a raças, cores, crenças e tendências afetivas são presos por motivos disciplinares e é assim mesmo que deve continuar. Quem não estiver satisfeito, que mude de quartel. Se muitos homossexuais ainda são discriminados, ou sofrem preconceito, considerável parcela da culpa lhes cabe, pelos exageros e excessos que praticam, tornando-os inconvenientes."

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