Se beber, não dirija

3/7/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Eu que peço perdão, caro migalheiro Edmond d'Avignon e caro amigo Prisco mas, nesses tempos bicudos, não há como perder essa oportunidade de negócio. Aqui, em nosso escritório, meu sócio e eu paramos tudo e passamos a estudar todas as oportunidades da nova Lei, motivo pelo qual nos sentimos um pouco desconfortáveis ao ver os colegas se antecipando com idéias que já estávamos formulando para, como dizer, 'tirar o pé da lama', já que não contamos com nenhum apadrinhamento oficial, desgraçadamente. Essa história da Amazônia, por exemplo, que o colega d'Avignon aventou. Já estávamos, há semanas, experimentando, nos finais de expediente, em nosso escritório, o CAUIM, feito especialmente por uma índia Tupinambá, que fervia pedaços finos de mandioca, até ficarem bem cozidos, depois deixava esfriar, para mastigar bem, 'ensalivar' e levar a um pote para, com a saliva, converter a pasta em açúcar 'alimentável'. Depois, a pasta é levada de volta ao fogo e mexida de novo até cozinhar e colocada em potes de barro, para fermentar, até resultar em uma bebida opaca e densa, com gosto de leite azedo.Tudo aqui, no escritório. O problema é que é ruim e o bafômetro acusa. Ainda não chegamos a uma receita boa. Então, por favor, não estamos felizes com a concorrência. Aliás, não sei se vocês notaram, mas nosso trabalho é na área da propriedade intelectual, de modo que estamos preparados para enfrentar qualquer concorrência, principalmente a desleal."

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