Migalheiros

14/7/2008
Luiz Domingos de Luna

"Entre Colunas

 

Entre nascimento e morte

Pego o meu passaporte

Numa vida a bailar

Dos dois pontos faço linha

Numa estrada que caminha

Na sorte ou no azar

Entre colunas eu fico

Sempre a caminhar

Não pode ter acidente

Senão quebra a corrente

Já não posso respirar

Uma reta esticada

Cada passo, uma pisada

Tenho que controlar

Não posso sair do prumo

Ou então um tombo

Para me derrubar

Do útero para cova

Uma vida se renova

Cheirando interrogação

No meio das ampulhetas

Viro pó, sombra e chão.

Ou larva de borboleta

Uma vida nova nasce

É uma transformação?"

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