Migalheiros

21/7/2008
Luiz Domingos de Luna

"A Tela de Compostela

 

Matéria no corpo diluída

O Espírito a chama clarear

Contorno de tudo a acentuar

O Equilíbrio da alma indefinida

 

A estrada da poeira percorrida

O Peso da história a carregar

Andarilhos pelo mundo a vagar

Corpo dilacerado, carne dolorida.

 

Busca da grande interrogação

Indagação ao humano, toda hora.

Pergunta sem resposta, que aflora.

Na caminhada, da caminhada - a imensidão

 

A fadiga corrói o corpo fraco

Na tela do ferro a rasgar

O corpo humano a sangrar

Na busca da infinitude do aço

 

Em pedaços a matéria a chorar

Clamando o grande encontro

É o homem, é o outro, é o espanto

Que no final tem que juntar

Carregando em um só corpo o mistério

Destes fragmentos em um só 'eu' aglutinar"

 

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