Anistia

6/8/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Interessante, também, nesse caso da anistia, é lembrar que nosso Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu, expressamente, ao governo colombiano, que estenda a Lei de Anistia deles aos guerrilheiros das FARC. Primeiro, o governo brasileiro alegou dificuldades para ajudar no caso de Ingrid Betancourt porque, nas palavras do próprio Celso Amorim, 'o governo brasileiro não tinha contato com as FARC'. Daí, veio a reportagem da revista Câmbio, colombiana, expondo a documentação encontrada nos computadores de Raul Reyes, que comprovavam o relacionamento das FARC com pessoas ligadas à cúpula do governo brasileiro, inclusive com o próprio Celso Amorim. Então, resgatada Ingrid Betancourt, nosso governo, pelo seu Ministro das Relações Exteriores, passa a advogar a anistia dos guerrilheiros das FARC, seqüestradores, torturadores, assassinos e narcotraficantes. Agora, os ex-guerrilheiros daqui, antigos assaltantes, assassinos, seqüestradores e, também, torturadores, não se conformam com os limites da Lei da Anistia, desde que tais limites limitem, também, a história, para que seja escrita, ou reescrita, pelos vencedores atuais e pouco comprometidos com a inteireza da verdade dos fatos, esquecendo-se que a história de uns não invalida a dos outros que, talvez, não tenham sido vencidos, ou não se dêem conta disso. No entender dos ministros do STF, já exposto publicamente, anistia significa esquecimento e a Lei de Anistia, de 1979 favoreceu, igualmente, militares e guerrilheiros de esquerda. Além do mais, nos últimos anos, mais que anistia, as indenizações pagas pelos cofres públicos atingiu soma que representa a metade do que a Alemanha pagou a Israel por conta do Holocausto, favorecendo até pessoas como Ziraldo e Jaguar. O que quererá, afinal, o Ministro Tarso Genro?"

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