Cigarro 2/9/2008 Alexandre de Macedo Marques "Não fumo cigarros. Gosto de um bom charuto, companheiro indispensável de um momento de particular bem aventurança. Mais freqüente uma cigarrilha de boa qualidade, acompanhada de um Porto ou conhaque. Assim, num ano, fumo dois ou três charutos, uma dúzia de cigarrilhas. Nunca em lugares públicos e sempre fora de ambientes onde estejam senhoras e crianças. Conheço, perfeitamente, todos os malefícios do fumo em geral e do abuso cotidiano do cigarro e me abstenho. Chego a ser um antitabagista militante assumindo manifestá-lo em restaurantes. Prego aos meus amigos, fumantes inveterados de cigarros, que tentem substituir o mecanicismo neurótico do ato pelo prazer sensorial da degustação de um charuto. Explico: o charuto exige para seu desfrute da presença de certos requisitos, não estão presentes no dia a dia, o que limita fumá-lo. Há alguma coisa de freudiano na necessidade que o 'Pai-Estado' proíba para que as pessoas decidam abandonar, digamos, 'o vício'. Se a informação dos malefícios são mais que divulgados, se cada fumante pode ver nos maços as terríveis conseqüências do abuso cotidiano do cigarro, onde está a responsabilidade individual para dar fim ao hábito tão potencialmente nocivo? Por que a necessidade do 'Pi-Patrão', o Estado ter de determinar que o João e o José não terão acesso ao cigarro?" Envie sua Migalha