Greve no Judiciário paulista

27/9/2004
Dalila Suannes Pucci

"É interessante e intrigante a situação: em nenhum momento li qualquer manifestação de colegas, juizes e juristas sobre possível falta de razão aos cartorários. O nobre e respeitado Desembargador Celso Limongi à quem admiro, disse ao jornal "O Estado De São Paulo"  do dia 24/9, que "apesar de os servidores terem razão pela necessidade de reposição salarial, a greve é ilegal". Mas, qual a ferramenta disponível para reivindicar o que os servidores têm direito? Foi cumprido o acordo firmado entre as partes em 2001? Se o Tribunal julga as causas tendo por base a realidade, por que neste caso específico está se contradizendo? A prática da Justiça se baseia em um tripé: advogados, cartorários e juízes. Menosprezar uma das partes é provocar o caos a que estamos assistindo. O salário justo aos trabalhadores do Judiciário também faz parte dos direitos humanos a que tem  direito o cidadão. Valorizemos a classe para termos de volta um trabalho feito com dedicação e celeridade. Talvez, se a OAB/SP tivesse se colocado como intermediária das negociações, desde o princípio, os trabalhos já tivessem sido retomados."

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