Sinopse do filme ´E o voto levou´

29/10/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Definitivamente, a inspiração se deu na mesma fonte, mas as idéias seguiram caminhos diversos. No 'meu' roteiro, a protagonista sofre pelo filho que deu à luz, um feto a princípio julgado anencefálico mas que depois, muito depois, uma junta médica considerou que não o era, que apenas não dispunha do cérebro todo, só uma parte dele, o que fazia que se vestisse de maneira engraçada, e pensasse ser roqueiro, nada que amor e carinho não dessem um jeito em 40 ou 50 anos de dedicação. O pior foram os maus conselhos, principalmente dos corvos, que na história original, genuína, se chamavam Perácio e Apolônio, mas que no roteiro adaptado foram mudados para Gerônimo e Dilúvio, o segundo que se encarregou, junto com um tal de Mefistófeles, de alcunha 'o gato', especializado em ligações clandestinas de eletricidade, das verbas de campanha, sim,  da campanha política em que se meteu a protagonista para fazer frente às despesas com o tratamento daquele filho. Enfim, nada deu certo e o filme acaba com a protagonista, já velha, ao lado de seu novo amor, já velho também, ao lado de seu filho, já velho também, todos vivendo da mesada de um antigo amor, já velho também, que os visita sempre, levando frutas frescas e fotos do Maradona, já velho também, agora técnico da seleção argentina de futebol. A última cena é quando os pais do menino, já velho, agora de cabelos brancos verdadeiros, mas sempre platinum, pega sua guitarra para atender aos pedidos de seus enternecidos progenitores: 'play it again...' Sé de lembrar, me arrepio todo. A câmera vai se retirando, até pegar a cidade inteira de São Paulo, ao som de Barbara Streissand cantando 'Free again', e o povo todo em festa, cantando junto. Nossa, até me emocionei."

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