Eleições EUA

6/11/2008
Alexandre de Macedo Marques

"Caro dr. Wilson, o texto que trouxe à luz migalheira levanta as mesmas desconfianças que os chamados, e xingados, 'conservadores' alertavam durante a campanha. Pessoalmente tive uma posição inicial de cautela frente a Barack por discernir na 'Obamania' que contaminou uma boa parte da opinião pública fora dos Estados Unidos, nomeadamente no Brasil, uma manifestação antiamericana. Na realidade os obamamaníacos viam na possibilidade Barack presidente uma bofetada na face da detestada América: mulato, pai africano, de vivência africana e muçulmana durante um período de sua vida. Uma espécie de raivoso 'têm que engoli-lo'. Depois do 11 de Setembro quando militantes muçulmanos feriram produndamente o coração da América, um negro quase muçulmano, assume o poder na América. Na linha do ódio da esquerda aos Estados Unidos.O cenário político lhe era favorável em vista da calamidade ético-administrativa do ocupante da Casa Branca. O seu oponente, um ancião de certa forma combalido, do mesmo partido no poder, aumentava suas chances. As acusações de hábil manipulador e brilhante e inconseqüente orador, nos deixavam em dúvida. Aí a catástrofe da crise financeira, nascida em parte da falta de regulação e controle dos criativos manipuladores de mercado por parte do governo Busch e do 'Oráculo' Greenspan. Aos poucos o carisma - qualidade para o bem e para o mal do candidato abriram os caminhos da vitória. Confesso que o discurso em Chicado me tocou. Se foi sincero mantenho o meu ponto de vista exposto na migalha que citou em seu comentário. Se os críticos que alertavam para a inconseqüência e demagogia dos discursos,lamento. Pelos Estados Unidos, pelo que resta da Civilização que foi nosso berço. Para terminar digo que leio e ouço com profundo desencanto os comentários à eleição de Barack Obama presidente dos Estados Unidos da América. Loas à sua cor, às suas raízes africanas, à sua vivência islâmica. Nada ao caminho percorrido na América: as oportunidades de estudo e desenvolvimento, aos caminhos abertos na política, ao trabalho e ao sucesso.Um hino à terra das oportunidades, advogado por Harvard. Afinal mais do que um negro com tintas islâmicas a América elegeu um homem inteligente, formado pelas melhores universidades do país, senador em exercício. Os politicamente corretos e as esquerdas descabeçadas na sua euforia talvez tentem apagar o fato que, no Brasil elegemos para presidente da República um boçal semi alfabetizado. Se as palavras de Obama, pronunciadas em Chicago foram apenas vã oratória lamentarei profundamente. E ao desalento brasileiro, frente á patifaria lulo-petista, terei um desalento adicional. Embora confie que a América tem reservas morais capazes de fazerem frente ao engodo, se existir, esperança do orgulho do 'ser esquerdista'. Se não teremos a idiotia esquerdista bociferarando as mesmas besteiras de sempre. PS. Confesso que as primeiras linha de seu escrito me deixaram algo surpreso. Depois entendi o que queria dizer."

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