Governo Lula

14/11/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Porque, caro Alexandre de Macedo Marques, uma forma 'branda' de paranóia. Estudando o tipo, depois que o colega chamou a atenção, e lendo um pouco de Freud, que entendia a neurose como o resultado de um conflito entre o Ego e o Id, ou seja, entre aquilo que o indivíduo é (ou foi) de fato, com aquilo que ele desejaria ser (ou ter sido), o que provoca a psicose, uma doença mental caracterizada pela distorção do senso de realidade, a psicose delirante crônica, sinônimo do Transtorno Delirante Persistente (antes chamado Paranóia), cujos delírios – e o colega tem razão – são interpretativos, egocêntricos, sistematizados e coerentes. Nos do tipo grandeza, que é um subtipo do Transtorno Delirante Persistente, a pessoa é convencida, pelo seu delírio, possuir algum grau de parentesco ou ligação com personalidades importantes (Juscelino, Getúlio, Tiradentes, Jesus Cristo) ou possuir algum grande irreconhecível talento especial, algum dom magistral para resolver grandes problemas, por exemplo (para conseguir ou fazer o que ninguém antes nesse país fez ou conseguiu fazer). Não é, como vê, uma forma 'branda' de psicose. A Organização Mundial da Saúde, através da Classificação Internacional das Doenças (CID), qualifica como afecção psicótica que deve ser entendida como aquelas na qual os fatores ambientais tem a maior influência etiológica. Os estudos determinam que o desenvolvimento da psicose reativa, anormal, pode satisfazer a necessidade do paciente em representar, simbolicamente, a si e aos outros através da natureza interna de suas contradições, angústias e paixões, numa espécie de falência aguda de sua capacidade de adaptação a uma situação sofrível. Os sintomas podem ser bizarros, como posturas peculiares, trejeitos esquisitos, esgares, gritos, desorientação, confusão e distúrbios de memória, alucinações transitórias, delírios e confabulações. Há, também, modificações rápidas, de um afeto intenso para outro, a perplexidade, a regressão com atitudes pueris, casos de simulação e histeria. Infelizmente, dados os aspectos gerais, não há indícios e nem aspectos de um bom prognóstico de cura, nem por abordagem antidepressiva medicamentosa."

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