Tribunal de justiça

13/10/2004
César Costa Macedo

"Muito lúcido e oportuno o relato do juiz Antonio Pessoa Cardoso, do TJ-BA, (artigo “Tribunal de justiçaclique aqui) sobre a falta de estrutura do Poder Judiciário brasileiro! Fico indignado diante da falta de inteligência e sensibilidade dos governantes do nosso país. Penso que ainda não colocaram as contas na ponta do lápis para perceber a importância de investimento no Poder Judiciário, que terá condições de soltar o freio de mão da nossa nação. Por serem os entes governamentais os maiores litigantes, têm eles a falsa idéia de que, se o Judiciário for célere, o governo não poderá pagar a conta. Ledo engano: a cada 1000 “ganhos” com a demora, perde-se 1.000.000 em receita tributária! Todo mundo está perdendo, inclusive os governantes em pessoa. Sem contar que, se o processo contra o ente governamental for causa perdida, este vai ter que pagar mais cedo ou mais tarde, e com juros!!!! Justiça rápida irá acelerar as execuções fiscais e os demais processos que, com sua satisfação, implicará em recolhimento dos impostos incidentes pela sucumbência. Tudo isso é receita. Além disso, o país perde muito, indiretamente, já que as empresas evitam investir no Brasil diante da estúpida morosidade da justiça. Inúmeros países em desenvolvimento têm fórmulas menos burocráticas e mais céleres. O mundo atual está à constante procura de aumento da produtividade e a estrutura burocrática do nosso país não permite isso!! Mesmo no “alto” do ano de 2004, estamos, sem nenhuma sombra de dúvidas, na pior fase do Judiciário na história do Brasil!!! Inadmissível! Políticos, abram as mentes, invistam no Poder Judiciário e permitam que ele tenha a indispensável autonomia orçamentária!"

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