Migalheiros

23/12/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Leio em Migalhas o que se vê: 'Maracutaia! A filhinha de ministro do STJ é beneficiada numa maracutaia imoral, deixando para trás cerca de 300 candidatos aprovados em concurso. - José Renato M. de Almeida - Salvador/BA'. Bem há muito expus minha opinião,desde que a Deputada Zélia Cobra foi Relatora da elaboração do CNJ e sabia que colocando juízes lá iria dar em nada: só o corporativismo,ainda mais quando a última palavra é dada pelo STF, indiscutivelmente uma Casa política. Se o Legislativo quer fazer do CNJ uma coisa séria o CNJ jamais deverá ter juízes em seus quadros. Onde se viu juiz ser juiz de si mesmos: julgá-los? Só no Brasil. Bem, a piada já vem no acesso ao STF: acesso político! Quando o Legislativo (Senado e Congresso) vão merecer ser uma das Autoridades (Poderes) neste País,construindo algo sólido em defesa da Justiça, na acepção da palavra, porque o que temos é um engodo? Vi, outro dia, na TV, uma sessão do STF para julgar um simples caso daqueles que são impingidos para o STF julgar porque o réu era ex-Deputado. Uma tarde toda perdida. Não é à toa que anulam 80% dos casos (apelações e recursos) por causa de falta de documentos. E note-se: sempre faltam alguns Ministros com desculpas, nas sessões. Muito dificilmente lá estão os 11 componentes. O que diria Cícero de um caso desses? Provavelmente: ó tempora, o mores, milhares de anos após. Atenciosamente."

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