Gramatigalhas 18/10/2004 Darvin M. Fabrício “Será que podemos grafar “hábeas-córpus"? Com hífen e acento gráfico? Penso que sim! Vejamos: Constituição Federal, art. 5º, LXVIII; Código de Proc. Penal, art. 647; Aurélio; hábeas (forma reduzida); VOLP/1999, Academia de Letras: hábeas s.m.2n. Observe-se: hábeas (paroxítona terminada em ditongo crescente); Córpus (paroxítona terminada em us). Os latinos não conheciam “acento gráfico”; não conheciam o hífen. Mas será que alguém escreve: “vice versa, mapa mundi?” Não! Escrevemos: vice-versa, mapa-múndi, fórum, mea-culpa, grátis, álibi, fac-símile, etc. Por que “habeas-corpus“, forma a evitar, por não se justificar esse hífen no latim? Por que não aportuguesar? Hábeas, com acento gráfico, é a forma reduzida, já registrada no AURÉLIO e no VOLP (da Academia de Letras); significa que o termo já está aportuguesado. Não é verdade? Por que não HÁBEAS-CÓRPUS (acento gráfico e hífen)? Façamos mea-culpa! Habeas Corpus por quê? Por que “habeas corpus”? Note-se: Resultado da pesquisa por palavra: hábeas s.m.2n. Vocabulário Ortográfico, Academia Brasileira de Letras. [Lat., 'que tenhas teu corpo'.] 1. Garantia constitucional outorgada em favor de quem sofre ou está na iminência de sofrer coação ou violência na sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder. [F. red. (bras.): hábeas.] (Aurélio).” Envie sua Migalha