Refúgio

28/1/2009
Leônidas Magalhães de Alcântara

"Recomendo ao dr. Olavo Príncipe Credidio que leia o que escrevi sobre o assunto, lá em cima, na primeira migalha. Repito: 'nem só de pão vive o homem e nem só de Lei deve viver o profissional do Direito'. A 'republiqueta' mencionada pelo brilhantíssimo Prof. Dallari será aqui instaurada de fato se continuar havendo mesmo o esquema de dois pesos e duas medidas. 'Aos amigos do Rei, tudo!', esse é o mote maior que ecoa no Planalto, especialmente no gabinete do Ministro Genro, cuja competência é questionabilíssima. Com efeito, dr. Credidio, o sr. que, não faz muito tempo, desprezou os comentários feitos por outro migalheiro de registro na OAB/SP pouco superior aos 200 mil por ser muito jovem e supostamente inexperiente, e que vem agora desprezar comentários feitos por outros colegas que, acertadamente, manifestam sua opinião enquanto cidadãos, não acha que as instituições brasileiras estão ficando mais e mais fracas, deterioradas, capengas e mancas em função dos aloprados a quem a própria Constituição deu poderes? O sr. não acha que esse tipo de atitude parcial e com uma carga política enorme de S. Exa. o Genro (lembre-se dos dois cubanos que pediram asilo político no Pan-2008) coloca em dúvida todo o ordenamento jurídico brasileiro, funcionando até como um entrave para a vinda de novos investimentos. O sr. não acha que o calcanhar de aquiles brasileiro é exatamente o fato de se ter 'lei demais e segurança jurídica de menos'? O sr. realmente acha que S.Exa. o Ministro estava com a Constituição nas mãos quando fez o que fez? O sr. acha que Cesare Battisti é bom o bastante para conviver na mesma praia com os seus filhos e netos? O sr. acha correto dar guarida a um assassino confesso e condenado que, possivelmente, desfilará no próximo Carnaval (e que não seja na ala dos advogados da Vai-Vai, dio mio!), contorcendo-se que estará de tanto rir da cara dos babacas tupiniquins que aceitam todo o lixo que mandam pra cá? Com a devida permissão, caríssimos migalheiros e, especialmente, ilustre dr. Credidio, um pouquinho de realidade cai bem! E muito bem!"

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