Migalheiros por excelência

12/11/2004
Abílio Neto

"Meu caro Dr. Afonso Celso, acho que o migalheiro Dr. Anderson Rocha Faria já respondeu a questão levantada pelo senhor, mas entendo que a emenda ficou pior que o soneto. Acrescento que dei início à minha carreira profissional como um modesto agente administrativo do antigo INPS em Caruaru-PE, atendendo ao distinto público. Um dia, nos idos de 1970, olhei para a minha fila e lá me deparei com um cidadão que já o conhecia por ser uma pessoa importante da cidade: era o Doutor Juiz Plácido de Souza, humildemente esperando a sua vez de ser atendido. Fui avisar ao meu então Chefe, o inesquecível Maninho Pinheiro do ocorrido, perguntando se um juiz deveria ficar na fila. O meu ex-chefe foi falar com o Dr. Plácido e custou a convencê-lo de que não deveria ficar na fila, pois argumentava que não era melhor do que nenhum segurado. E o que queria o Dr. Plácido? Simples informações das rotinas de concessões de benefícios previdenciários a fim de não cometer injustiça com o segurado e nem com o antigo INPS (no seu dizer) nas demandas judiciais. Guardo comigo até hoje esta lição de HUMILDADE. O Dr. Plácido era tão querido pelos caruaruenses que hoje é até nome de rua. Que Deus o tenha!"

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