Migalheiros por excelência

17/11/2004
Edilmar Lima

"A Constituição Federal de 88 garantiu igualdade entre todos os cidadãos, afinal estamos num Estado Democrático de Direito. Mas infelizmente não é bem isso que estamos vivenciando. A não ser vejamos: Um magistrado ajuíza uma ação para ser chamado de doutor e um juiz concede liminar. Que vergonha. Ademais, o título de doutor é para quem sustenta uma tese de doutorado que, é muito além da monografia, este magistrado não seria um mero bacharel? Na verdade, ele, arvorando-se da posição de juiz se acha melhor que outro cidadão. Ora, pois, ele é um funcionário público, como outro qualquer. Já dizia minha avó. Dá-se respeito a quem o respeita. Se o porteiro não utilizava o pronome adequado, ele provavelmente teria um motivo, talvez o desrespeito à sua posição de porteiro. Será que alguém da imprensa terá a competência de ir investigar este caso a fundo? Entrevistar vizinhos, amigos, colegas de trabalho, enfim, ver o que realmente ocorria naquele condomínio? Se o porteiro era tratado como gente por este tal juiz? Caríssimos, na verdade, este “exímio” juiz, não é apenas um narcisista, é um sensacionalista e dos bons. Ora, pois, fazer um alarde deste, usar a máquina judiciária para propor uma ação como esta, é o fim. Logo estarão impetrando ações para que o pronome seja: VOSSA ONIPOTÊNCIA. A meu ver, é uma vergonha para a magistratura nacional que, considero, ainda, uma instituição séria. Não seria a hora de rever o código de ética? Propor mudanças para que, coisas desta natureza não se proliferem? Propor projetos de leis, enfim, fazer uma mudança no sistema judiciário? Excelentíssimo Senhor Presidente da República e Senadores, conclamo desde já que vossas excelências tenham piedade de nós. Não nos deixem nas mãos de juizes como este, façam valer nossos direitos conforme consta em nossa constituição, e digam a este pobre homem que, todos nós somos iguais perante a lei – acho que só ele não sabe disso. Se for por falta de anteprojeto de lei para propor estas mudanças, eu desde já me disponho a fazê-lo, se caso for."

Envie sua Migalha