Sarney

"Sr. diretor, o Estadão reclama de discriminação quanto às reportagens, pelo Judiciário, ou pelo Desembargador, que seria amigo do Sen. Sarney; mas não podemos esquecer a grande discriminação que ele faz quanto a seus eleitores. Basta lê-los, e praticamente 100% das mensagens são acolhidas porque adotam as mesmas ideias e intenções da direção do jornal. No caso Sarney, por exemplo, não vejo juristas analisarem o caso, juridicamente; mas só detratores de Sarney e Lula. Eu sou neutro, politicamente, e analiso o caso juridicamente. Basta fazê-lo, porém, e até advogados contestam-me, misturando alhos e bugalhos, esquecendo uma norma que teriam de observar sempre, como advogados: 'in dubio pro reo'. Ninguém, absolutamente ninguém pode ser condenado antes de sê-lo definitivamente. Vi o opositor do sr. Sarney, o Sen. Arthur Virgilio, sugerir que quem estivesse sofrendo qualquer processo fosse impedido de ser candidato.Isto é um impropério, cometido por um Senador contra a CF/88 a que ele é obrigado a conhecer e defender: inciso LVII-do art. 5º da CF/88. Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Atenciosamente,"