Caso Palocci 28/8/2009 Hudson de Oliveira Cambraia "A jornalista Lucia Hippolito disse hoje na Rádio CBN, ao comentar o caso Palocci, que os ministros do STF fariam um 'malabarismo jurídico' para 'livrar' o ex-ministro Pallocci da ação penal. É por causa desse tipo de asnice propalada na imprensa que a classe dos jornalistas é tão mal vista pelos meios jurídicos. A jornalista que, ao que parece, nunca leu sequer um resumo de Direito Penal, questiona o posicionamento dos ministros do STF, como se tivesse qualquer qualificação para tanto - e mais, como se conhecesse todo o conteúdo dos autos (o que duvido muito). Não fosse a necessária prudência com que devem agir os ministros, bem que seria de bom tom interpelar a dita jornalista judicialmente, posto que afirma, sem o menor dos pudores, que os ministros não tiveram a imparcialidade necessária para analisar a denúncia que lhes foi proposta, bem como questiona a ética mesmo no proceder dos ministros. Ora, como afirma a representante nacional dos jornalistas, Judith Brito (Migalhas 2.214 - 27/8/09 - "direitos e Direitos"), não se pode estabelecer censura prévia - mas punir os excessos é mais do que necessário. Está passando da hora de pararmos de temer o embate com a imprensa, que sob o manto deste 'direito de dizer o que quiser' sai a afirmar tudo que lhe convém, sem o menor senso de responsabilidade e sem a mínima capacidade necessária. E lógico, sempre a desmerecer o Direito e seus profissionais, enganando o povo com afirmações falsas e estapafúrdias, que se partissem de qualquer do povo, sem dúvida alguma, gerariam consequencias, no mínimo, incômodas. Que o direito à liberdade de expressão é fundamental não se discute. Mas, por isso mesmo, a responsabilidade de quem dele se vale deve ser redobrada. Afinal, por que ninguém questionou os repórteres da Revista Época sobre o fato de publicarem dados notadamente sigilisos?" Envie sua Migalha