Artigo - O direito eleitoral francês e o uso da internet nas campanhas eleitorais 23/9/2009 Arnaldo Malheiros – escritório Malheiros Filho, Camargo Lima e Rahal - Advogados "Amado Senhor Diretor. Desafiado (ou no mínimo chamado às falas) por uma nota de Migalhas 2.231 ("Migalhas dos leitores - Urnas eleitorais" – clique aqui), ao pé de procedente observação do arguto Ramalho Ortigão (sem farpas), compareço à presença de V. Exa., sem documento - nem lenço - para contar o que a memória me relembra sobre as urnas eleitorais no Brasil pós-getuliano. Em 1945, primeira eleição depois do Estado Novo, foram usadas em São Paulo urnas que haviam servido antes de que esse período se instalasse no Brasil, feitas de aço, pintadas naquele tom de verde dos móveis de aço de escritório, hoje pouco usados. Eram de difícil manejo e acondicionamento e foram aos poucos sendo substituídas por sólidas caixas de madeira, tão pesadas quanto as primeiras, porém mais fáceis de serem guardadas. Na década de 60, se não me engano, o então diretor-geral do TRE/SP, Ibsen da Costa Manso, criativo e novidadeiro como ele só, teve a idéia de criar 'urnas' que na verdade eram sacos de lona com um sistema de fecho metálico, com tampa que se levantava para dar acesso à fenda pela qual as cédulas seriam introduzidas. Ele mesmo projetou e conseguiu que um amigo fabricasse o protótipo, usando um saco de lona do Correio. Custou um pouco para convencer o TSE a aprovar o uso dessas urnas, que, com o crescimento do eleitorado, mandaram para os museus as de aço e as de madeira e duraram até aparecer a atual urna eletrônica. " Envie sua Migalha