Pensamento jurídico brasileiro 22/9/2009 Denis Vieira Gomes - advogado tributarista em São Paulo "Caro diretor, gostaria de lhe fazer uma sugestão, ou melhor, lhe fazer um convite - um convite à informar devido a grande influência que esse poderoso rotativo detém. Pois bem, como advogado e eterno estudioso do Direito me surpreendo às vezes, ao fazer uma peça processual ou um parecer, até mesmo aprofundamento em minhas pesquisas (e são muitas), sobre todos aqueles juristas que colaciono seus ensinamentos em meus trabalhos profissionais ou acadêmicos e que, por vezes, não lhes conheço a história. É comum, observarmos ensinamentos desses grandes mestres em jurisprudência pelos mais diversos tribunais e outros órgãos judicantes desse imenso país que é o Brasil. Ensinamentos que nos instigam a pensar e ainda assim não sabemos quem são os 'donos' desses brilhantes ensinamentos. Quando leio e pesquiso sobre obras de juristas da minha área de atuação que é o Direito Tributário por exemplo, como Almicar Araujo Falcão, Geraldo Ataliba, Aliomar Baleeiro, Alfredo Augusto Becker, e de outras áreas como Washington de Barros Monteiro, Lourival Vilanova, Clóvis Bevilaqua, Orlando Gomes, Pontes de Miranda, e outros que a memória não me deixa lembrar, e também, juristas de renome que estão vivos e que trabalham diuturnamente para enriquecer o direito como Paulo de Barros Carvalho, Maria Helena Diniz, Roque Antonio Carrazza, Silvio de Salvo Venosa, Humberto Theodoro Junior, Hugo de Brito Machado, e muitos outros, acredito que o pensamento jurídico brasileiro padece de memória. Então porque não juntamos a grande comunidade jurídica do país para escrever a história do pensamento jurídico brasileiro, de forma a falar sobre quem são ou quem eram os juristas que fazem (fizeram) o direito no Brasil, por exemplo explicar de onde vieram, sua formação, a que escola de pensamento se filiam, que eram seus mestres ou quem os influenciavam, entre outras tantas curiosidades que acredito que não sou o único a ter. Quem sabe assim o direito brasileiro cria memória. E outra, até os próprios alunos dos mestres poderiam falar deles em forma de homenagens. Bom essa é a minha sugestão e acredito que poderia ser publicada para manifestações da comunidade jurídica. Cordialmente," Envie sua Migalha