Conciliação 26/9/2009 Thiago Mello "Tenho que discordar da posição dos colegas. De fato, o número de 'acordos' ainda é irrelevante se comparado ao número de demandas que são ajuizadas diariamente em todo o país, todavia, esta é uma realidade da esfera cível. Sou conciliador do JECRIM e posso afirmar que nossa atuação se difere do simples questionamento feito às partes se há alguma proposta de acordo. Nossa rotina é de exaurir os conflitos e, isto não ocorre apenas com uma pergunta, a digitação de um termo e a correria do entra-e-sai entre as audiências. Uma coisa que sempre ouço do Juiz responsável pela vara em que atuo (e ele fala com propriedade por ter exercido suas funções durante muitos anos do Tribunal do Júri) é que o JECRIM é a semente que inicia o crescimento rumo ao Tribunal do Júri. Destarte, há uma salutar preocupação quanto à conciliação em sede de JECRIM. Não adianta 'encerrarmos' o procedimento e arquivarmos os autos se, posteriormente, uma simples ameaça pode redundar em um homicídio. Daí, a importância de se conciliar. Tenho convicção que as audiências de conciliação na esfera trabalhista e cível tenham se tornadas infrutíferas com o passar do tempo, entretanto, ressalto que, quanto à esfera criminal, as mesmas são indispensáveis à pacificação social. Vale destacar que, a presença de conciliadores 'leigos' (como no caso sou, ainda estudante), fornece um ambiente um pouco mais descontraído de maneira que possam se sentir mais a vontade para expor suas angústias do que se estivessem frente à um autêntico magistrado." Envie sua Migalha